Vida de casal é assunto reservado

 

É impressionante como algumas mulheres comentam com as amigas, como se fosse a coisa mais natural do mundo, o que acontece em seu casamento. E, quase sempre, os comentários não são nada elogiosos com relação aos seus companheiros e, dependendo do tamanho da frustração e da raiva, relatam, em detalhes, situações que acontecem na vida a dois, sempre se colocando no papel de vítima e tentando provar o quanto eles são os vilões. Mas, se eles são tudo isso, por que elas ainda estão ao lado deles?

 Dificilmente você ouve alguém comentar numa roda “eu tenho um grande marido: ele é carinhoso, solidário, gentil, leal… e eu sou muito feliz por tê-lo como companheiro de vida”. Provavelmente, mesmo que sejam muito felizes com o parceiro, elas têm medo de elogiá-lo e despertar o interesse das outras mulheres no seu amado. É de última comentar com os outros (a não ser com aquela amiga super especial) intimidades de sua vida de casal. Se não for para falar bem, não fale nada. Discrição é uma questão de educação!

Falar mal do outro é falar mal de si

Ao depreciar seu marido, além de expô-lo ao julgamento dos outros, você também fica vulnerável à opinião alheia. Falar mal do outro e permanecer junto é falar mal de si, demonstra que você não sabe escolher e que não tem atitude. Se o seu parceiro não desperta mais coisas boas em você, se você não sente mais prazer em sua companhia e se você não o admira mais, o mais saudável e o mais leal é conversarem a respeito. Tudo o que você recrimina e não aceita na conduta dele é para ele que você deve dizer e não para os outros.

Não importa qual seja o motivo pelo qual vocês mantêm o casamento, mesmo que vocês tenham se tornado  desimportantes um para o outro, nada justifica haver deslealdade e desrespeito com quem já foi importante em sua vida, já foi merecedor do seu melhor carinho e amor, se não, você não teria casado com ele. Saiba que as mesmas pessoas que escutam os seus rompantes de raiva e as críticas públicas que você faz ao homem que vive a seu lado, se não falam na sua presença, fazem como você: aproveitam-se da sua ausência e a criticam duplamente,  por falar mal do seu marido e por permanecer casada com ele.

Companheiros são escolhas

Todo relacionamento afetivo é fruto de uma escolha. Ao casar, escolheu trazer essa pessoa pra sua vida, constituiu uma família com ele, viveu sonhos e esperanças e, muitas vezes, teve filhos. É certo que você pode ter se equivocado em sua escolha e que a idealização provocada pela paixão se mostrou muito diferente na realidade.  Além disso, viver a dois não é tão fácil: o convívio torna-se muitas vezes cansativo e desgastante, principalmente quando não se priorizou o outro ou não se foi priorizado em dedicação e afeto.

Dividir as responsabilidades pelo fato de o casamento não estar mais dando certo é o melhor caminho para se buscar o entendimento. Se houver filhos, os cuidados com possíveis desqualificações devem ser redobrados, pois os laços que se desfazem com a separação são o de marido e mulher e o papel de pai e mãe precisam se preservados. . Um homem pode não ter conseguido ser um bom marido, mas ser um pai atencioso e acolhedor. Se, no entanto ele não conseguir desempenhar bem nenhum desses papéis, no mínimo, você tem que assumir seu erro por uma escolha tão insensata, aprender com isso e tentar acertar num próximo relacionamento.

Ter respeito à privacidade é demonstrar lealdade ao parceiro. Vida de casal deve ser assunto reservado. Seja ética nos seus relacionamentos!

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