As organizações de saúde a nível mundial tem estabelecido alguns meses para realizar campanhas de combate e prevenção a algumas doenças e as caracterizado por cores, assim o mês de outubro é dedicado à prevenção do câncer de mama (cor rosa), novembro a doenças masculinas (cor azul) e o mês de setembro é o mês da campanha de prevenção ao suicídio (cor amarela). As entidades ligadas à saúde mental de todo mundo se mobilizam em torno deste tema que em função das crescentes taxas de suicídio, já é considerado como um problema de saúde pública.
Segundo dados da OMS, 800 mil pessoas cometem suicídio todos os anos no mundo; no Brasil, cerca de 12 mil pessoas – 32 pessoas por dia, taxa que já é superior às vítimas de AIDS e da maioria dos tipos de câncer; 17% das pessoas em nosso país já pensaram, em algum momento em suicídio. Em geral, as mulheres realizam mais tentativas de suicídio do que os homens, mas eles são mais efetivos porque usam métodos mais radicais, como armas de fogo, enquanto que elas abusam de remédios.
O risco de suicídio pode estar mais perto de nós do que pensamos e esta campanha tem por objetivo conscientizar a população mundial sobre a realidade do suicídio e mostrar que existe prevenção na maioria dos casos (segundo a OMS, cerca de 90%). Sabemos que o suicídio é um problema complexo para o qual não existe uma única causa ou razão, mas a maioria dos casos está relacionada a transtornos mentais como depressão ou transtorno bipolar; também crescem o número de jovens que tentam se matar em função de solidão, término de relacionamento amoroso e bullying, por exemplo.
Mas a depressão continua sendo a maior causa dos suicídios. O deprimido apresenta um estado de ânimo que o leva a sentir a vida como intolerável, a viver uma solidão desesperadora, um vazio em que se sente caminhando em direção ao nada, o que o leva a ver a luz sinistra da dor o tempo todo e o desgosto insuportável pela vida é tão grande que a morte vira uma esperança. Pensar que os dias serão todos iguais, sem qualquer luz de esperança é desesperador. Depressão tem tratamento, procure ajuda especializada!
O principal é saber que o risco de suicídio pode ser tratado. Primeiro, se alguém próximo a você vem verbalizando sua vontade de colocar fim a sua vida, leve isso muito a sério. Essa história de achar que se alguém fala em se matar é porque não vai fazê-lo não é verdade. A maioria dos suicidas falam sobre o desejo de se matar ou dão sinais dessa intenção; de alguma forma eles expressam sua intenção suicida às pessoas mais próximas. Devemos ficar atentos!
Alguns indicadores facilitam a identificação de risco de suicídio, tais como: a pessoa começa a se colocar em situações de risco (dirigir em alta velocidade, abuso de álcool e outras drogas); a presença de casos de suicídio na família e histórico de transtorno bipolar e depressão; começa a doar objetos que antes lhe eram valorativos; longa crise de ansiedade seguida de um período de calmaria; isolamento social e familiar; vontade de sair abruptamente de algum lugar, sem que haja uma explicação para isso.
Precisamos estar atentos às mudanças de conduta e aos pedidos de ajuda vindos de quem perdeu o gosto pela vida. Falar sobre o assunto continua sendo a melhor solução, aproxime-se, demonstre o seu amor e faça com que ele perceba que não está só, isso faz toda a diferença. Engaje-se nesta campanha. Valorize a vida e diga não ao suicídio!