No momento em que nasce o nosso primeiro filho, inauguramos com ele um importantíssimo papel em nossas vidas, o de mãe. Antes do nascimento do bebê, se tudo ocorrer de acordo com o previsto, nós temos nove meses para viver expectativas, desejos, sonhos e fantasias; e olha que os modernos avanços da medicina nos permitem acompanhar por ultrassom todo o desenvolvimento do feto e até mesmo gravar as imagens, e isso ajuda bastante a diminuir temores e a controlar a ansiedade de trazê-lo ao mundo e carregá-lo no colo. Mas, na verdade, nada se compara a emoção de vê-lo e acarinhá-lo.
Eu me recordo que quando a Carol e a Clara nasceram, eu custava a dormir só para ficar apreciando (com lágrimas nos olhos, é claro) aquelas criaturinhas lindas que enchiam minha vida de encantamento e felicidade, modificavam o meu cotidiano, me tornavam uma pessoa mais responsável e sensível a todas as dores do mundo e, sem sombra de dúvida, me transformavam numa pessoa melhor e mais amorosa com tudo e todos a minha volta. O amor pelas minhas filhas se projetou ao amor por todas as crianças! E, à medida que elas foram crescendo, o amor por elas foi e vai caminhando ao rumo do infinito.
AMOR AMADO
Outra coisa que se modifica na vida da gente depois do nascimento dos filhos (na verdade, tudo se modifica) é a nossa relação com nossos pais, principalmente com as nossas mães. Ao vivermos a maternidade, não só os entendemos melhor, como nos flagramos repetindo padrões de conduta que antes, enquanto filhos nos incomodavam e nos levavam ao choro e a raiva e, como mães, passamos achá-los naturais, válidos e necessários. Nada como a vivência de gerar, cuidar, educar e amar um filho para modificar conceitos, descobrir novas habilidades e determinar atitudes!
Eu acredito que por um filho somos capazes de fazer coisas que não faríamos por mais ninguém na vida. Não existe vínculo mais forte do que o das mães com seus filhos; é fato que a natureza, sabiamente, nos uniu aos nossos bebês e nos permite ter com eles uma convivência de cerca de 40 semanas antes do nascimento, o que nos dá condições de ter com eles uma interlocução especial: silenciosa, pontuada pelo efeito de uma passada de mão na barriga ou uma fala acolhedora, que tende a acalmá-los. Então, melhor do que qualquer outra pessoa, as mães rapidamente aprendem os motivos dos seus choros, a causa dos seus incômodos e as necessidades reveladas nos seus olhares.
CELEBRAR A VIDA
A presença dos pais na vida dos filhos tem sido cada vez maior e isso tem sido extremamente importante para o desenvolvimento psicossocial das crianças, mas, as mães continuam sendo a principal referência de amor e acolhimento para os filhos, em qualquer época da vida. Mais do que isso, as mães costumam ser o principal elo de identificação e ligação dos filhos com o mundo, mas para que eles possam crescer e caminhar com suas próprias pernas, nossa missão deve ser a de nos tornar desnecessárias a eles – a melhor mãe é aquela que consegue abdicar do seu poder e ensiná-los a fazer suas próprias escolhas na vida, tendo a certeza de que estaremos sempre disponíveis nos momentos de precisão.
Pois é, hoje é comemorado o Dia das Mães. Quem ainda tem a felicidade de ter sua mãe por perto (obrigada meu Deus pelos 93 anos da Naninha) aproveite para celebrar com ela essa data que, muito além de meras convenções, pode ser um momento especial de amor e gratidão. Obrigada Cacau e Clarinha por tanto amor. Feliz vida para minha mãe e para todas as mulheres que merecem ser chamadas de mãe!