QUAL É O SEU DOM?

 A palavra dom vem do latim “donu” que significa dádiva, presente. O dom é uma capacidade inata, é uma aptidão natural para realizar algo, uma habilidade especial, um potencial para fazer coisas que você nem sabia que sabia fazer, e só descobriu quando a fez pela primeira vez; é a facilidade em desempenhar algumas tarefas que para outras pessoas seria muito difícil de fazê-las; é uma capacidade sem critério de desenvolvimento.  O dom tem a ver com talento, com vocação, com potencial, com habilidades.

Todo mundo tem um dom, ou vários. Por exemplo, Leonardo da Vinci, italiano, considerado um dos maiores gênios da humanidade, destacou-se como cientista, matemático, engenheiro, anatomista, inventor, pintor (sua tela “Mona Lisa” é considerada uma das pinturas mais famosas do mundo”), escultor, arquiteto, botânico, músico e poeta; ele foi autodidata e costumava anotar todas as suas ideias em cadernos para que elas não fossem esquecidas. Ele tinha muitos dons e uma habilidade especial de mesclar a arte com a ciência.

Dom e talento são conceitos muito próximos e por vezes se confundem. O dom nasce com a pessoa, o talento se desenvolve; o dom não parte do conhecimento humano, enquanto o talento se aprende, pode ser desenvolvido, exige tempo, dedicação, persistência, disciplina, desejo e amor para ser aprimorado. O Pelé, considerado um dos maiores jogadores de futebol de todos os tempos, foi descoberto aos onze anos, e desde cedo demonstrava um dom em dominar a bola de futebol e, com o tempo, seu talento foi se aprimorando cada vez mais.

Algumas pessoas têm um dom especial e nem se apercebem disso, outras sabem, percebem que têm um dom, mas não o usam e por motivos outros acabam se dedicando a outras atividades. Nós devemos observar as crianças desde cedo, ficar atentos ao que elas demonstram fazer com muita facilidade; os dons estão lá e muitas vezes são ignorados ou abafados pelos adultos que não os consideram interessantes, lucrativos ou importantes. A educação que as crianças recebem, muitas vezes, não deixa seus dons fluírem.

Passaríamos horas conversando sobre herança genética, teoria da natureza, formação, estímulos adequados e objetivos de vida, mas, o mais importante é entendermos que dons não devem ser desprezados. Se a criança demonstra habilidades para desenvolver determinada atividade, vamos prestar atenção nisso e tentar criar oportunidades para que ela desenvolva o que lhe dá prazer – nós costumamos gostar mais do que sentimos facilidade em aprender e executar.

Thomas Edson, inventor da lâmpada elétrica, do fonógrafo e várias outras coisas disse certa vez que “talento é 1% inspiração e 99% transpiração”, então, mesmo que você seja adulto e já tenha garantido seu meio de vida, vale a pena tentar resgatar o que ficou para trás, coisas que você gostaria de ter feito porque levava muito jeito e não o fez, no mínimo você vai garantir um prazer adicional a sua vida. Quanto às crianças, vamos ficar mais atentos aos dons delas.