PRECISAMOS FALAR SOBRE SAÚDE MENTAL.

Assim como tem a campanha do Outubro Rosa (contra o câncer de mama), o Novembro Azul (contra o câncer de próstata), o Setembro Amarelo (combate ao suicídio) dentre outras, temos outra campanha que vêm se tornando cada vez mais relevante em função do momento pandêmico que vivemos, o Janeiro Branco, mês de conscientização para os cuidados com a saúde mental – a estabilidade emocional é tão importante quanto a estabilidade física.

 Associar cores a meses tem sido uma excelente estratégia para conscientizar a população sobre temas importantíssimos e que precisam ser discutidos pela sociedade como um todo. E a escolha do mês de janeiro para se falar de saúde mental tem um significado especial, pois traz a ideia de recomeço, sendo comum no início de cada ano as pessoas refletirem sobre suas vidas, reavaliarem seus propósitos, resolverem pendências e fazerem planos de buscar por mais qualidade de vida.

Vários estudos e pesquisas sobre a pandemia da Covid indicam que um dos maiores desafios tem sido a promoção da saúde mental. A realidade imposta pela pandemia não só agravou os quadros mentais já existentes, como gerou outros. As restrições sociais, as dificuldades financeiras, a morte de familiares e amigos e a perda das rotinas, sem previsão de retorno estão nos adoecendo. Com essa nova cepa (Ômicron), os hospitais voltaram a ficar lotados e o medo volta a assombrar as pessoas que se importam com a vida delas e a dos outros.

      Estudos recentes realizados pela Fiocruz e por 6 Universidades Brasileiras (VIVA A CIÊNCIA!) apontam que 40% da população apresenta sentimentos frequentes de tristeza e de depressão, e outros 50% apresentam ansiedade e nervosismo. Outro estudo aponta que cerca de 30% das pessoas que tiveram Covid vão desenvolver algum sintoma psiquiátrico (distúrbios de humor, ansiedade, fadiga crônica, dificuldades de memória…).

A Organização Mundial da Saúde (OMS) tem adotado o termo” Fadiga Pandêmica “para designar o cansaço e o esgotamento físico e mental provocados pela pandemia. Está ocorrendo um “definhamento” (outro termo pandêmico) das pessoas provocado pela falta de motivação, pela dificuldade de concentração, pela queda do rendimento no trabalho, pela ausência de objetivos…

Então, chega de preconceito, discriminação, estigma e exclusão social! É preciso ficar claro que depressão não é frescura; transtorno de ansiedade não é coisa de gente mimada; bipolaridade não é desculpa para mau humor; suicídio não é coisa de gente fraca; déficit de atenção não é preguiça e nem desculpa para fracasso escolar; TOC não é falta do que fazer, alcoolismo não é falta de responsabilidade… Estamos falando de doenças emocionais.

Nenhum de nós tem total controle das nossas emoções e ações. Nenhum de nós está livre de um dia vir a apresentar um transtorno emocional, nem nossos filhos. Vamos ficar atentos aos nossos pensamentos, sentimentos e emoções. Vamos continuar nos protegendo, obedecendo aos protocolos de saúde e cuidando uns dos outros. Esse mal um dia vai passar, mas até lá, vamos nos cuidar!

329 comentários

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