Em pleno Século XXI, apesar de tantas transformações na maneira de pensar e agir das pessoas, falar sobre sexo continua sendo difícil, e sobre masturbação, mais difícil ainda. Apesar de ser algo natural e fazer parte do desenvolvimento sexual de homens e mulheres, em todos os tempos e em todas as idades, muitas pessoas ainda se constrangem em falar sobre o assunto por conta do preconceito que continua grande – durante muito tempo, a prática da masturbação foi considerada um ato pecaminoso pela religião e a medicina acreditava que poderia provocar doenças como retardo mental, cegueira e surdez.
Não é sem motivo que o preconceito ainda existe, como se fala pouco sobre o assunto, velhas crenças moralistas permanecem e a desinformação ainda é grande. Então, a medicina e a psicologia reconhecem que a masturbação é algo saudável, natural, que além de ser uma forma de conhecer o próprio corpo, traz autossatisfação sexual e torna o sexo com o parceiro muito mais prazeroso. Portanto, não é verdade que provoca doenças, que enfraquece as pessoas, que desencadeia problemas sexuais futuros, que faz o esperma ficar ralo e assim dificulta que os homens possam se tornar pais…
Desde a infância, as crianças exploram o próprio corpo e descobrem que tocar seus órgãos genitais lhes dão prazer (por volta dos dois anos elas fazem essa descoberta), e isso não é uma conduta erotizada, pois elas ainda não sabem o que é sexo, mas sentem o quanto é gostoso se tocarem e, como não têm malícia, são capazes de ficar se acariciando na frente de todo mundo. Muitos pais não sabem como agir ao flagar os filhos manipulando os órgãos genitais, e por conta disso ou fingem que nada está acontecendo e tentam distraí-los com outra coisa ou os reprimem; o mais recomendável é explicar a criança que apesar de ser gostoso se tocar, ela não deve fazer isso na frente dos outros e sim no quarto com a porta fechada e, que os adultos também acham gostoso se tocar, mas não fazem isso em público.
Na adolescência, já com a aquisição do pensamento abstrato, a estimulação do corpo é associada a fantasias sexuais (imagens e pensamentos eróticos que desencadeiam desejos e excitação sexual), um recurso da imaginação que torna mais interessante a satisfação sexual. E como já era esperado, as mulheres continuam mais suscetíveis às cobranças sociais e a valores morais do que os homens, haja vista que os garotos adolescentes são menos reprimidos com relação à masturbação do que as garotas. Mulher também tem desejo sexual!
Os adultos também se masturbam, inclusive os adultos casados e com vida sexual ativa. Muitos casais praticam a estimulação mútua como um instrumento interessante de descoberta erótica; o sexo precisa de tempo para ser aperfeiçoado e com certeza, a troca de informações entre o casal ajuda a desvendar caminhos e propiciar novas descobertas de prazer. Que tal perguntar a seu parceiro como e onde ele gosta de ser tocado e, também diga como você mais gosta e prefere?
A forma como nós fomos criados interfere na maneira como lidamos com o nosso corpo, mas saiba que a masturbação não é apenas uma forma de manifestação sexual, ela possibilita o aprendizado sobre o funcionamento do seu corpo e sobre você mesmo; ao ser praticada sem culpa, possibilita muitos momentos de gratificação pessoal e prazer, promove o autoconhecimento e eleva a autoestima. E, como diz Woody Allen, no filme Annie Hall, “masturbar-se é fazer sexo com alguém que a gente ama”. Ame-se sem culpa!
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