Os epidemiologistas alertam que nós viveremos no Brasil um cenário de guerra, em duas semanas, caso não sejam tomadas medidas severas de restrição de circulação – “Vamos ver pessoas morrendo em casa ou morrendo na porta dos hospitais, porque não vamos ter onde interná-las. Vamos ter um cenário de guerra.”, essa é a avaliação da Dra. Thais Guimarães (médica infectologista). Não que isso já não esteja acontecendo no Brasil, mas, com certeza, passará a acontecer em larga escala.
Segundo os especialistas, a tendência é que as variantes da Covid-19, em circulação no país, aumentem o índice de contaminação nas próximas semanas, principalmente em função das aglomerações que continuam acontecendo. Já atingimos no Brasil, nos primeiros dias do mês de março, a marca de 257.500 mortos por Covid-19; registramos 1.726 mortes em 24 horas (recorde trágico); o Pará alcançou 8.709 óbitos provocados pela pandemia; a última semana foi a mais letal de todo o histórico da Covid, assim como o mês de fevereiro e, o que é pior, o mês de março pode ser ainda mais devastador.
O Conselho Nacional dos Secretários de Saúde divulgou no dia 1° de março, uma carta na qual pede ao Governo Federal a adoção de medidas imediatas para evitar o imenso colapso nacional das redes públicas e privadas do setor de saúde, onde eles cobram um maior rigor na restrição de atividades não essenciais, levando-se em conta a situação epidemiológica e a capacidade de atendimento em cada região.
O Governador do Estado, o Prefeito de Belém e demais Prefeitos das regiões metropolitanas anunciam novas medidas para conter a Covid-19, que passaram a vigorar partir de quarta-feira, dia 3 – o Pará estará em bandeiramento vermelho (que sinaliza alto risco de transmissão na pandemia e baixa capacidade do sistema de saúde) e toque de recolher entre 22h e 5h, com a proibição de circulação de pessoas nas ruas, entre outras medidas;
Estamos vivendo a pior fase de toda pandemia, o Brasil está à beira do colapso e muita gente não está nem aí, basta vermos as imagens flagradas em todo o país das pessoas se aglomerando; não cumprindo os protocolos de distanciamento social, circulando pelas ruas sem máscaras ou com elas posicionadas no queixo. Cada um de nós precisa fazer a sua parte, a responsabilidade também é nossa!
É considerado genocídio (prática de exterminação) incentivar que as pessoas se aglomerem, sair por aí tocando na mão dos outros, fazer campanha contra a vacina, usar pesquisa alemã distorcida para criticar o uso de máscaras e ainda brigar com os Governadores e Prefeitos que estão tendo atitude séria de combate à COVID, como o Presidente vem fazendo. Precisamos ouvir a ciência, são os profissionais da saúde que estão salvando as nossas vidas! É com muita tristeza que leio nas redes sociais notícias de pessoas que ironizaram a doença, postaram vídeos se recusando a usar máscaras, se aglomeraram e que hoje não estão mais aqui para mudar de opinião porque já estão mortas.
Se nossos governantes não tomarem atitudes enérgicas de combate à COVID e nós não cumprirmos com os cuidados necessários, o Brasil será um laboratório aberto para que o vírus faça mutações e dissemine para o mundo variantes ainda mais letais. “O Brasil não tem povo, tem público. Povo luta por seus direitos. Público assiste de camarote” (Lima Barreto). Sejamos povo!