O primeiro namoro dos filhos a gente nunca esquece

                               Um dia a gente percebe que nossos filhos cresceram, que não são mais crianças, pois além do corpo seus hábitos também mudaram. Começam a se produzir mais, a andar em turma, saem de perto da gente pra falar no celular, vivem de segredinho com os amigos, toda hora que podem (e isso inclui as que não devem) estão ligados no MSN, Orkut, Facebook e param de falar ou teclar quando a gente entra no quarto deles…  passam a ter outras prioridades na vida.

E, quando a gente menos espera, eles nos comunicam que estão namorando e acredite, as primeiras relações amorosas dos nossos filhos despertam em nós uma ambivalência de sentimentos e nos fazem relembrar também o nosso primeiro amor. Sabemos que precisamos de tranqüilidade e cautela para poder orientá-los, ao mesmo tempo em que percebemos que o controle sobre eles ficará muito mais difícil. A partir daí, eles vão proteger muito mais a sua privacidade e os seus segredos. Os amigos passam a ter mais “importância” do que a família.

Os jovens são muito intensos

                               Quando estão namorando os jovens valorizam ainda mais a sua privacidade e seria muito bom que eles também tivessem esse mesmo cuidados quando estivessem em situações públicas: que evitassem exposições amorosas intensas pois, como bem dizia o poeta Vinicius de Moraes “o namoro é sabiamente uma atividade que se executa melhor a coberto da curiosidade alheia”. Mas , enfim, eles são sempre tão intensos!

Muitos adolescentes tem receio de contar aos pais que estão namorando pelo medo de perder a liberdade, pois sabem que alguns direitos anteriormente adquiridos como sair pro cinema com os amigos ou um simples passeio ao shopping ficam comprometidas pelo fato dela agora ter namorado – isso acontece com as garotas, os filhos homens podem fazer isso tudo e muito mais. Em se tratando de adolescentes é claro que os pais devem controlar os ambientes que eles vão com ou sem namorados; ir levar e buscar quando achar conveniente; estabelecer as regras do namoro e colocar limites, deixando bem claro com eles e os filhos vão funcionar diante dessa situação nova na família.

Mostra-se disponível para conversar

                               Procurar saber como anda o namoro dos filhos é natural e necessário, mas tenha cuidado para não invadir a intimidade deles. Se a relação com os pais for boa eles vão se sentir mais a vontade para fazer comentários e até mesmo pedir opinião sobre alguma situação. Mostre-se disponível para conversar e procure orientá-los, mas não se aproveite de sua autoridade para tentar controlar todos os atos deles, pois controle abusivo atrapalha e abre um espaço imenso para mentiras.

O fato e sua (seu) filha (o) estar namorando e apaixonada (o) vai fazer com que ela (e) dedique mais seu afeto, tempo e energia para outra pessoa fora da família. Controle o seu ciúme e o seu sentimento de posse e lembre-se que, provavelmente, com você também aconteceu dessa forma. Aproveite para fortalecer os laços de confiança com eles, pois quando começarem as brigas no namoro ou a relação terminar (sim, porque muito dificilmente eles vão casar com o primeiro namorado) eles vão querer a morte e é essencial que você esteja por perto para oferecer colo, enxugar as lágrimas, falar da vida e embora eles não acreditem no momento, outros amores virão e você vai estar sempre por perto para oferecer colo, carinho e aconchego, em todos os momentos de precisão e ensiná-los que viver é começar sempre, a cada instante. Quem se sente protegida (o) pelos pais, vai viver com mais tranqüilidade o namoro.

 

 

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