O sexo é um dos componentes mais importantes no relacionamento amoroso de um casal. É a forma mais intima de contato entre duas pessoas e funciona como um termômetro de afetividade, tesão e interesse: se o relacionamento vai bem, o sexo acontece com freqüência e de forma muito prazerosa; se vai mal, muitas vezes, uma das partes precisa fazer requerimento e esperar pelo deferimento para que o sexo aconteça. Uma boa vida sexual, com certeza, torna o casal mais unido, mais cúmplice e mais comprometido com um projeto de vida de inclusão mútua.
A falta de sexo no casamento é um dos sintomas mais evidentes de que a ralação não anda nada bem ou já acabou (caiu doente pra sempre). Numa “relação” pontuada por desconfianças, desqualificações, ressentimentos e mágoas não há lugar para se viver a intimidade, a vinculação, o desejo, o encantamento, a emoção e o prazer. Acomodar-se a uma relação sem beijo sensual, sem carícia ideal, sem cheiro no cangote, sem cafuné na alma, sem abraço engolidor e sem promessa de loucura é se condenar a carimbar o passaporte para a mágoa e a solidão.
INTIMIDADE ERÓTICA
A monotonia de alguns casamentos, onde há muito não existe romantismo, surpresa e excitação, acaba com qualquer possibilidade de uma intimidade erótica. O sexo, quando ocorre, se faz presente de forma burocrática (sempre igual e sem emoção), como uma “missão de comparecimento” por fazer parte do contrato matrimonial e assim, não há tesão que resista. A falta de apetite sexual é um sintoma de que a sua vida não vai nada bem; mas, a perda de interesse pelo sexo é muito diferente da perda do interesse pela(o) parceira(o). O que não é leal é você ter uma relação “São José” com a(o) sua esposa(o) e buscar o prazer sexual fora de casa.
O estimulante numa relação é você se sentir desejada(o). É você perceber o interesse do seu(a) parceiro(a) por você, do encantamento que a visão do seu corpo provoca, que o contato da pele estimula, e da alma que fica virada do avesso. Depois, é só cantarolar, entre sorrisos de felicidades, um trecho da música “O meu amor”, do Chico: “ o meu corpo é testemunha do bem que ele me faz”.
AMADA AMANTE
O sexo é uma das formas mais estimulantes de se eternizar momentos. Acredite no erotismo (a libido é influenciada pela relação que você estabelece com seu corpo) e crie momentos de intimidade e carinho com o seu(sua) parceiro(a), ajudando-o(a) a desenvolver fantasias eróticas num ambiente propício para o desejo. E pra se manter sexualmente interessado pelo seu parceiro ao longo da vida é preciso fazer o óbvio: NAMORAR… É isso mesmo que você leu, namorar sempre e com tudo que você tem direito e o seu(sua) amado(a) também. Enfeite-se para o seu amor (cuide do corpo e da aparência), perfume-se (cheiro é essencial), torne-se atraente e faça por onde merecer ser motivo de admiração e tesão.
Sexo é instinto de vida e não se acaba com a velhice (principalmente depois dos avanços da medicina). Prazer não tem idade e amor não tem hora. Se o sexo entre vocês vai mal, converse sobre mágoas, ressentimentos e negocie as diferenças. Torne-se amado(a) amante do seu parceiro e “ faça da vida um instante ser demais para vocês dois”. Lembre-se: O amor é sexualmente transmissível; sexo sem amor é amizade.