Movidos pelas circunstâncias de vida (se separaram, foram estudar e trabalhar em outra cidade, longe da família…) ou por escolha pessoal, morar só tem sido uma opção para um número cada vez maior de pessoas. Isso não significa que quem mora só seja individualista, tenha um jeito egoísta de viver, não consiga se entregar ao amor e muito menos que o seu nível de exigência seja tão alto que não consiga encontrar alguém para se relacionar. Para alguns, morar só virou um estilo de vida.
Algumas pessoas sentem-se muito bem sozinhas, se bastam e são uma ótima companhia para si mesmas. Adoram a sensação de independência, de liberdade e escolheram não precisar dar satisfação para ninguém; fazem o que querem (até passar o domingo todo de preguiça na cama); são donos do seu tempo e do seu espaço; podem ficar trabalhando até tarde e se dedicam mais à profissão; têm uma casa com a sua cara… não convivem com o estresse do convívio doméstico.
Estar só permite o auto-conhecimento
A vida é sempre muito urgente! Vivemos correndo para fazer, providenciar e resolver muitas coisas. Convivemos com o estresse diariamente, envolvendo-nos com tantas coisas ao mesmo tempo que deixamos de fazer algo que é essencial para manter o equilíbrio emocional e ficar em paz: encontrar um tempo par ficar só. Ficar em silêncio, permite que se reflita, dialogue com os sonhos, desejos e lembranças, escute a voz do coração, reveja conceitos, valores, tome decisões e faça planos. Estar só é uma oportunidade para a reflexão e o auto-conhecimento.
Engana-se quem pensa que todas as pessoas que vivem só são solitárias, pois o que determina a solidão é o estado de espírito. Uma pessoa pode estar acompanhada e sentir-se absurdamente só. O medo da solidão pode ser tão grande que, algumas pessoas, preferem manter relacionamentos infelizes, a terem que lidar com o mundo lá fora, pois têm medo de que as outras pessoas também a achem desinteressante e a rejeitem como seus companheiros.
Ruim é ficar sozinho uns dos outros
Sempre ouve uma cobrança social muito grande para que as pessoas casem e dividam a vida com alguém, que formem uma família para poder ter proteção e segurança. Quem não conseguisse “agarrar” alguém até aos 40 anos estava predestinado a ser taxado de homossexual (no caso dos homens) e encalhada (no caso das mulheres). Felizmente, esta cobrança diminuiu sensivelmente diante de tantas evidências de que as pessoas não são só felizes aos pares. Tem muita gente sozinha que se sente feliz e realizada, que tem uma vida pessoal e profissional muito satisfatória.
Morar só, ter o seu cantinho do seu jeito, tem sido reconfortante para várias pessoas, embora isso não signifique desistência de ter alguém para amar. Viver romance, partilhar vida continua sendo o sonho de consumo de quase todo mundo, mas que isso ocorra por desejo de vida e não pela necessidade de ter alguém a qualquer custo, por medo da velhice e da solidão. Sabemos que o isolamento social compromete a saúde, mas como bem disse o doce poeta Drummond: “uma pessoa que tenha hábitos intelectuais ou artísticos… que goste de música…que goste de ler nunca vai estar sozinha”.
Aprecie a sua própria companhia e saiba que ruim mesmo é quando escolhemos ficar sozinhos uns dos outros. Valorize e ame quem mereça fazer parte de sua vida. Partilhar o afeto e intimidade com amigos e amados, além de ser muito bom, afugenta um dos maiores medos humanos: a solidão.
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