A mãe costuma ser a primeira e mais importante referência de amor na vida dos filhos, funcionando como uma mediadora com o mundo, um porto seguro de carinho, cuidado e aconchego. É claro que a mãe não é a única pessoa afetivamente importante na vida dos filhos, pois os pais, felizmente, estão se tornando cada vez mais presentes, dividindo com a mulher os cuidados com a prole, contribuindo de uma forma muito efetiva na educação e no desenvolvimento sócio-afetivo-emocional das crianças.
Mas, mesmo com toda a ajuda do companheiro, a mulher continua tendo a função de ser a principal cuidadora dos filhos, tendo com eles uma relação de mais proximidade e cumplicidade. Afinal de contas, a própria natureza, ao uní-los de forma admirável, prepara as mães para entendê-los através de um olhar, um gesto, uma fala ou até mesmo um silêncio… Que me desculpem os pais, mas não tem bálsamo maior para aliviar uma dor, consolar uma perda ou uma falha do que a presença da mãe com o seu colo protetor, seu carinho consolador e sua e fala que acalma, pois tem o poder de uma oração. Se vocês não sabem, as mães têm uma linha direta com Deus e os filhos sabem disso.
Criar sem culpa
Com a entrada das mulheres no mercado de trabalho e com o fato delas também terem passado a ser provedoras da casa, às vezes até arcando sozinha com o sustento da família, as mães passaram a dividir seu tempo e conciliar suas atividades em casa, no trabalho, na família, nas relações sociais com o cuidar dos filhos. Aprender a gerenciar o tempo até que não tem sido tão difícil, o problema continua sendo lidar com a culpa por não poder passar mais tempo com eles.
Historicamente, nós mães somos seres muito culposos, provavelmente porque somos onipotentes. Não sei de onde a gente tirou a idéia de que poderíamos proteger nossos filhos de tudo e de todos. É preciso que as mães entendam que o desenvolvimento emocional dos filhos não fica prejudicado porque elas trabalham fora, o que prejudica, e muito, é a desatenção e o desamor; além do que, o dia-a-dia sempre possibilita inúmeras oportunidades de demonstrar o quanto eles são amados. Com as mães trabalhando fora, a tendência é a de que os filhos se tornem mais independentes e maduros, pois aprendem a se virar sozinhos nos momentos de ausência da mãe.
Criar os filhos para serem livres
A maternidade é uma escolha e um exercício de liberdade e de amor. Devemos sempre incentivar os movimentos de autonomia dos nossos filhos, desde que estejam compatíveis com a faixa etária, para que eles possam amadurecer, crescer e aprender a caminhar com suas próprias pernas. Nós mães, além de gerarmos a vida, temos também a função de cuidar dessa vida e preparar nossos filhos para que um dia eles se tornem independentes, donos da sua própria vida; que garantam sua sobrevivência e que aprendam a viver sem nós, embora saibam que estaremos sempre por perto, dando colo, carinho e aconchego, não importa a idade que eles tenham, serão sempre filhos.
Hoje é dia das mães. Muito mais do que uma data comercial é um dia propício para a celebração da vida e reafirmação de amor. E eu, com um amor absurdo de filha, celebro esse dia com você Naninha, a mais maravilhosa das mães. Espero estar conseguindo ser pra a Carol e para a Clarinha um modelo de amor, afeto e ternura ao menos parecido com o que você é pra mim e como eu sei que o relacionamento com os nossos filhos depende muito da história que se vive com a mãe, percebo que tenho muita chance. Feliz vida para todas as mães!