JOGAR VIDEOGAME FACILITA O APRENDIZADO

 

Você pode estar estranhando este título, mas isso já é considerado uma verdade científica. É fato, os games até bem pouco tempo eram considerados brincadeira de crianças, jovens ou adultos regredidos e desocupados, hoje, em razão de diversos experimentos realizados na área de Neurobiologia que atestam que os videogames podem provocar mudanças na estrutura e no funcionamento cerebral e ajudam a desenvolver diversas habilidades como a concentração, a memória, a percepção, a capacidade motora, o raciocínio espacial, a criatividade, o raciocínio matemático, a rapidez na tomada de decisões, entre outras coisas, deve ser um recurso utilizado e valorizado.

As evidências da plasticidade neuronal demonstram que o nosso cérebro, desde que adequadamente estimulado, pode ser alterado, o que facilita a aquisição de novos aprendizados. Nosso cérebro está em constante adaptação e sua funcionalidade depende dos estímulos mentais e físicos que escolhemos incorporar em nossos hábitos cotidianos; assim, em cada atividade realizada o cérebro pode alterar a sua estrutura, aperfeiçoando seus circuitos neuronais de modo a ficar mais apto à tarefa a ser realizada e, isso significa que a forma de nossos mapas cerebrais muda em função de nosso empenho e investimento de tempo e energia nas condutas que realizamos durante a nossa vida.

BENEFÍCIOS X PREJUÍZOS

As pesquisas em Neurobiologia comprovam que os benefícios com a prática de jogos de videogame e jogos eletrônicos em geral podem ser imensos e ajudam as pessoas a terem mais prontidão na maneira delas reagirem ao mundo real, mas tudo depende da forma como os games são utilizados pelo jogador. Quando uma pessoa dispensa muito tempo jogando, vira vício e isso pode trazer prejuízos para a saúde dela, como o sedentarismo, a obesidade e o isolamento social, cada vez que as pessoas evitem sair de casa para ficarem trancadas em seus quartos, muitas vezes até comendo na frente da televisão ou do computador.

Entretanto, o conteúdo dos jogos precisa ser bem avaliado. Os que retratam situações de muita violência, onde são atribuídas recompensas por comportamentos agressivos ou são reforçadas condutas de vingança, isso faz com que sejam introjetados valores inadequados a um bom convívio social. Porém, os jogos em que as disputas ocorrem num clima de lealdade; em que a justiça seja realizada sem gestos de crueldade e onde os integrantes da “turma do bem” consigam vencer a “turma do mal” e a paz seja restabelecida e celebrada como uma conquista social, isso agrega valor e, portanto pode ser permitido.

OS JOGOS COMO RECURSOS TERAPÊUTICOS

Os jogos são uma ferramenta que, como qualquer outra coisa, pode ser utilizada para beneficiar ou prejudicar alguém, tudo depende da escolha do game e do tempo de jogo. Porém, a comprovação dos benefícios com a utilização do videogame, inclusive na área da saúde, tem aumentado a cada dia: o cirurgião os tem utilizados como treino de coordenação motora, rapidez e exatidão; os jogos têm funcionado como recursos terapêuticos em pacientes com esquizofrenia, transtorno de estresse pós-traumático e Alzheimer; em pacientes com fobia de avião esse tem sido um ótimo recurso para aliviar tensão e ansiedade, por exemplo.

Desde que usado adequadamente – sem  atrapalhar as demais tarefas diárias e rotinas de vida-, além de ser um treino que ajuda na organização das informações, melhora a memória, facilita o aprendizado, ajuda na tomada de decisões…, é uma diversão que pode agregar valor a vida de todos nós. Mas é necessária a vigilância dos pais a fim de evitar exageros que venham a prejudicar a saúde e o convívio social. Nada substitui a troca produzida por um contato real, mas os benefícios produzidos pelos videogames precisam ser reconhecidos e valorizados.

 

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