Muito diferente do que acontecia nas décadas de 60 e 70, em que os jovens sonhavam em sair da casa dos pais, terem o seu canto para poder viver a tal desejada liberdade, os filhos de hoje adiam cada vez mais a hora de sair de casa, prolongando por mais tempo a sua convivência com a família. Na maioria das vezes, terminam saindo somente quando casam. Essa geração de filhos adultos que continuam morando na casa dos pais, embora tenham condições financeiras de morar sozinhos, ficou conhecida como geração canguru.
O que ocasionou essa mudança no desejo e na atitude de muitos filhos foi o estabelecimento de uma nova postura no relacionamento com os pais, onde se prioriza o diálogo como forma de resolver pontos de vista diferentes e conflitos. Atualmente, o diálogo e a liberdade pontuam a atitude de muitos pais, que já compreenderam que o autoritarismo não educa para o crescimento e sim para o medo. Além disso, preocupados com a violência das ruas, os pais ampliaram os espaços de liberdade dos filhos que, cada vez mais, fizeram dos seus quartos o seu espaço de acolhimento. Montados com tudo o que eles precisam (TV, som, DVD, computador), lá eles recebem os amigos e namoram. E, assim com essa nova forma de acolhimento, permitir que os filhos durmam com o(a) namorado(a) em casa passou a ser uma forma de protegê-los da violência do mundo lá fora.
CASA, COMIDA E ROUPA LAVADA
Para a geração canguru, continuar morando com os pais tem muitas vantagens: o convívio em casa é muito bom; eles têm liberdade para dormir com o(a) namorado(a) em casa; não precisam se preocupar com problemas domésticos; eles economizam bastante para garantir investimentos futuros, pois normalmente só pagam suas contas pessoais… e, sendo assim, porque abrir mão de tanto colo, carinho, aconchego e mordomia?
Pelo lado dos pais essa permanência dos filhos em casa também pode ser algo muito bom, pois além de se preocuparem menos com a segurança, saúde e alimentação deles tendo-os por perto, os pais não se sentem sós e adiam a vivência do “ninho vazio”. Aliás, quando a convivência com os filhos é harmoniosa, quando o amor e o respeito se fazem presentes na vida familiar, a saída deles de casa, seja pra casar ou morar só, mesmo sabendo que eles estão bem e felizes, é sempre pesarosa para nós. Depois, nos acostumamos e arrumamos outras formas de convivência para diminuir a saudade.
CASAMENTOS ADIADOS
O certo é que essa liberdade e tantos benefícios com a permanência na casa dos pais tem contribuído para que alguns filhos(as) adiem o projeto de casamento . Por outro lado, geralmente nas famílias em que as relações são conflituosas, as brigas acontecem com frequência e os pais são autoritários na sua forma de agir, na primeira possibilidade e oportunidade os filhos saem de casa, ou para morar sozinho, dividir apartamento com amigos ou até mesmo casar para poder viver paz e tranquilidade. É claro que há as exceções em que, mesmo com uma família harmoniosa, a saída de casa pode ocorrer apenas por uma busca de maior autonomia e maturidade. O fato é que, infelizmente, ainda hoje, algumas pessoas casam para ter um motivo para sair de casa e, convenhamos, essa não é a melhor maneira de se construir uma relação a dois.
De qualquer forma, ao ficar adulto e permanecer morando na casa dos pais, o ideal é que o(a) filho(a) participe de algum modo das despesas da casa. Assim como devem ser negociadas e definidas as regras de convivência, que estabelecem o que pode e o que não pode acontecer no convívio familiar, é também importante ser negociado como será a participação do(a) filho(a) nas despesas domésticas. Saiba que isso é um indispensável treino de responsabilidade para eles aprenderem a gerenciar a sua vida, no futuro.
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