ESTILO DE VIDA MINIMALISTA

Você já ouviu falar em minimalismo? Então, a expressão “minimalismo” surgiu na virada da década de 50 para 60, em Nova York, e se origina do inglês “minimal art” e faz referência aos movimentos estéticos, culturais e científicos que se empenhavam em colocar em prática o conceito de usar o mínimo possível em suas obras.  Nas artes plásticas, por exemplo, um grupo de artistas passou a utilizar poucos elementos e poucas cores em suas obras e assim trabalhar com o conceito do que é essencial.

A partir daí, o minimalismo passou a ser praticado por várias pessoas ao redor do mundo, transformando-se num estilo de vida, por meio do qual, as pessoas se predispõem a viver com o menos, tentam exercitar no cotidiano a escolha do que é essencial, estabelecendo necessidades e prioridades. O lema minimalista é transformar o menos em mais, tendo por princípio reduzir ao mínimo o emprego de elementos e recursos, simplificando hábitos e pertences, vivendo com menos bens materiais, dando valor às pequenas coisas e priorizando sempre o que é fundamental.

 Esse movimento é oposto ao consumismo. A prioridade dos minimalistas é praticar o desapego, morar de forma mais simples e buscar equilíbrio entre o ganhar e o gastar; o foco sai das coisas e passa a ser as pessoas, a saúde, as artes, o meio ambiente… A busca da felicidade não se dá através do ter e sim do ser, do viver com mais simplicidade; sai do consumir para o criar, desfrutar e relacionar-se mais com os outros. É tornar na prática o “eu preciso” mais importante do que “eu quero”.

Praticar o minimalismo não significa ter que viver na pobreza, pois não tem nada de errado em possuir bens, mas é importante fazer escolhas que valorizem realmente o que é mais importante na vida. As pessoas estão adoecendo muito em função do estresse provocado pelo desejo consumista, especialmente a população mais jovem, que ascendeu financeiramente de forma mais rápida por conta da tecnologia e não teve tempo para aprender a ter maturidade financeira.

 Por terem imaturidade emocional, estão adoecendo: muito estresse, ansiedade, depressão…. O desejo de ter (não só os jovens se enquadram aí), de trocar o que já têm pelo modelo mais novo (como celular e computadores) e de consumirem mais, passa a se tornar algo incontrolável. Inicialmente, as pessoas ficam mais alegres com suas compras e acabam transformando o ato de comprar num vício, buscam no prazer de comprar aliviar dores e frustrações, o que as mantém presas num estado permanente de insatisfação.

Acabamos de viver o Natal e o Ano Novo, em que culturalmente gastamos com presentes, roupas, viagens e festas. No ano de 2022 tivemos endividamento recorde das famílias brasileiras – 8 em cada 10 famílias estão endividadas e, a principal causa desse endividamento é o desemprego, é a luta pela sobrevivência. À minoria da população, da qual eu faço parte, e que tem sua sobrevivência garantida e um bom padrão de vida, seria bom se incorporássemos um pouco do estilo minimalista de vida: não projetássemos no futuro a nossa felicidade e procurassemos “ser mais” e “ter menos”.

Feliz 2023 para todos nós. Eu tenho fé no que virá!

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