O final do ano sempre mexe com os nossos sentimentos e mobiliza muitas emoções. Assim, se você sentir uma tristeza que chega de repente e começa a crescer muito, ao ponto de ficar com medo que ela se esqueça de ir embora, saiba que isso é mais comum do que você pensa e costuma acontecer nessa época do ano, por isso é conhecida como a Síndrome do final do ano. Esse período, apesar de ser marcado por muitas festas e confraternizações, onde a alegria costuma se fazer presente e movimenta uma energia de renovação e esperança, também nos reporta às nossas perdas, fazendo crescer angústia, saudades e solidão.
Respire fundo, renove o ar dos pulmões e aquiete o seu coração, pois se você não estiver passando por um período de luto pela perda de uma pessoa querida, vivendo o fim de um relacionamento significativo ou algum acontecimento que envolva circunstâncias bem desfavoráveis na sua vida, essa tristeza costuma terminar com a chegada do ano novo. E como bem disse o poetinha Vinícius de Moraes, no ano novo é preciso que “fiquemos como duas crianças pensativas sentadas numa escada – todos serão os peregrinos e apenas nós os contemplados.”
PERDAS E GANHOS
Também é comum com a chegada do último mês do ano, a gente operacionalizar uma contabilidade interna , fazer um balanço dos acontecimentos que consideramos mais marcantes e estabelecer uma relação entre perdas e ganhos, lucro desejado e lucro real. E, como os nossos critérios de mensuração estão diretamente relacionados às expectativas idealizadas, nossa pontuação final vai depender do que sonhamos e o que realizamos de fato, mas para que esse balanço seja real e fidedigno, não podemos deixar de levar em conta as condições objetivas na realização dos desejos e todas as circunstâncias envolvidas no momento, tanto as favoráveis como as desfavoráveis.
Então, se o balanço interno der lucro, ótimo, isso significa que desejos significativos foram vividos e que muita felicidade foi produzida; porém, se o ano termina com mais perdas do que ganhos e você se percebe mais focado nas expectativas não realizadas do que na satisfação de ter conseguido realizar outras coisas, possivelmente a sua sensação será a de que o ano de 2015 ficou lhe devendo alguma coisa, e sendo assim está mais do que na hora de ressignificar sua vida e tentar entender o que de fato aconteceu, qual a sua responsabilidade nesses acontecimentos e o que você poderia ter feito diferente para poder mudar o rumo dessa caminhada.
RESSIGNIFICANDO A VIDA
Sabe de uma coisa, desejar algo é importante e ajuda muito na realização de qualquer sonho, mas o que realmente determina e garante um acontecimento é o compromisso. O desejo pode ficar tão somente no plano da idealização – eu gostaria, seria tão bom, eu sonho com… -, mas a atitude é que gira a roda do mundo, nos movimenta e nos torna proativos – eu quero, eu vou, eu faço – A vida acontece nos detalhes e no movimento!
Por tudo isso é que eu não acredito em listas de intenções, aquelas que as pessoas costumam fazer, principalmente nessa época de final de ano, onde relacionam seus desejos de consumo e de acontecimentos ( fala sério, malhar, emagrecer e ganhar mais dinheiro está na lista de muita gente, há alguns anos). Agora, se você tiver foco e assumir o compromisso com você mesmo de que vai fazer, as coisas acontecem! Seja realista, avalie corretamente as suas possibilidades e, principalmente, se pergunte o quanto de energia você está disposto a investir e comece logo, tenha prontidão.
Viver bem dá trabalho, mas é muito bom!