O término de um casamento é sempre difícil e costuma mobilizar muito sofrimento, mesmo para quem toma a iniciativa de propor o término da relação, pois a separação significa o fim de sonhos, projetos, desejos e o sentimento é o de fracasso por não terem conseguido “ser felizes para sempre”. A verdade é que com o casamento, muitas pessoas se acomodam e não percebem que o amor precisa de constância, presença, surpresas, prazer, quebra de rotinas, afetos, mimos, liberdade e atenções para que continue a existir na vida de um casal; com tantas obrigações e urgências no cotidiano, às vezes as pessoas nem percebem o quanto estão se afastando um do outro e então, as brigas passam a ser o maior sinalizador de infelicidade.
Na grande maioria das vezes, alguém só toma a iniciativa de propor a separação se estiver apaixonado por outra pessoa (dificilmente alguém se separa porque não está feliz) e, mesmo que esteja se sentindo infeliz, por comodismo e medo de começar de novo, a pessoa se mantém em relacionamentos sem amor e sem afetos, o que torna muito mais fácil a inclusão de outra pessoa em sua vida, garantindo assim a sua necessidade de afeto, prazer e paixão e por consequência contribui para a manutenção do casamento. A existência de alguém para amar acaba servindo como denúncia das mazelas e imperfeições do casamento, mas também representa uma idealização de felicidade, que pode nem acontecer.
A presença da paixão desequilibra o andamento da vida de todos nós. Uma coisa é uma pessoa casada trair ocasionalmente, sem envolvimento, outra coisa é ter conhecido alguém e, por descuido ou circunstância, essa aproximação permitir aflorar afinidades, interesses e sentimentos e elas resolverem apostar nessa possibilidade de amor. Acontece que homens e mulheres costumam ter atitudes diferentes diante da paixão: os homens, mesmo que perdidamente apaixonados, relutam em sair da sua zona de comodismo e conforto e ainda ter que dividir ou perder patrimônio; já as mulheres costumam ser fiéis ao que estão sentindo, sendo mais comprometidas em viver sua história de amor.
Assim, apesar do gosto de quero mais, do desejo de partilhar a vida e de ficar mais tempo junto com a pessoa que está despertando tanto sentimento já esquecido, tanta atenção, carinho e prazer que se perderam no tempo e no espaço do casamento, a maioria dos homens, podem até ensaiar uma separação, mas na hora de tomar de fato uma atitude, por falta de coragem terminam ficando no casamento e, para se justificar, usam como desculpa os filhos, a saúde da esposa, as bodas de prata dos pais… e terminam nem saindo do casamento. As mulheres são mais decididas porque valorizam mais os afetos, quando decidem se separar, o fazem!
Mas, se o compromisso com o amor e a felicidade são reais, a separação de fato acontece e isso é tudo o que os enamorados querem. Contudo, quem está passando por uma situação dessas, deve ficar muito atenta à forma com que o seu amado está lidando com a separação; observe se ele está tendo cuidado, carinho e respeito com a ex-cônjuge, que nesse momento vai viver um luto maior por estar se sentindo rejeitada; repare a forma como ele se refere a ela. Lembre-se, amanhã você pode estar no lugar da esposa e pode vir a ser tratada do mesmo jeito. Respeitar para ser respeitada!
Então, se você está envolvida ou se envolvendo com alguém que é casado, saiba que esse caminho não é fácil, pois a separação nem sempre vai acontecer; e, saiba que se a separação não ocorrer no momento em que vocês estão vivendo a paixão (os especialistas calculam que a paixão dura no máximo 3 anos), dificilmente vai acontecer depois e assim, você pode até permanecer na vida dele, mas vai comemorar as datas importantes como natal, ano novo e aniversário dele na véspera ou no dia seguinte, porque essas datas serão prioridades da família. Pense nisso!
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