É MELHOR FICAR TRISTE DO QUE VIVER NA ANGÚSTIA

 

No nosso cotidiano nos deparamos com várias circunstâncias em nossa vida. Algumas são para nós uma alegre surpresa, já outras nos colocam de frente com situações desagradáveis e difíceis, como uma pedra no meio do nosso caminho que nos desassossega e nos rouba a paz. O tamanho da pedra, o tempo em que ela está no nosso caminho; a rapidez com que ela vem crescendo; o que as pessoas que realmente nos amam e se importam conosco acham que a gente deve fazer com ela; o quanto a existência dessa pedra nos impede de caminhar; o medo que temos de nos livrar dela e de nos arrepender… tudo isso e mais alguma coisa vai interferir na forma como vamos lidar com ela.

A atitude que vamos tomar diante de algo que nos impede de ter paz e felicidade vai depender das condições objetivas de nossa vida no momento, dos nossos recursos internos, de nossa visão de mundo, da nossa história de vida e do nosso jeito de ser. As possibilidades do que vamos fazer com essa pedra são diversas: passar por cima e fazer de conta que ela não está aí, que nada está acontecendo? Dar a volta em torno dela e seguir em frente? Ficar parado, estancar e não ter nenhuma atitude? Pedir ajuda para afastá-la do lugar? Sentar e chorar, se sentindo impotente? É gente, as situações na vida podem até ser parecidas, mas a maneira de lidar com elas é sempre muito pessoal.

MUDANÇAS COSTUMAM PROVOCAR MÊDO

Em minha experiência clínica e pessoal percebo o quanto as pessoas tem muita dificuldade em terminar um relacionamento, mesmo que ele tenha deixado de ser satisfatório há muito tempo. Embora a alegria, a leveza e o prazer de estarem juntos não existam mais e o casal brigue e se desentenda com muita frequência, eles permanecem juntos. Sofrem mas não se largam. Muitas vezes até vivem a solidão a dois. Na verdade, o que os mantém juntos é o medo de ficar só, de não encontrarem outro parceiro amoroso e de se arrependerem lá adiante pelo término desse relacionamento e não terem mais chance de retorno.

Um relacionamento deixa de ser interessante quando estar com o outro torna-se pesado, os motivos para queixas são frequentes, as acusações pelos desacertos são mútuas e as desqualificações aparecem nos momentos de maior estresse. Você se sente  infeliz e percebe  que o seu parceiro também  demonstra estar infeliz ao seu lado e sendo assim, as  mágoas e os ressentimentos aumentam na mesma proporção que aumenta o afastamento entre vocês.

GANGORRA EMOCIONAL

Os relacionamentos amorosos são balizadores na vida de todos nós. Crise no namoro ou no casamento repercute direto na vida como um todo. A casa da gente precisa ser uma zona de conforto e de acolhimento e o parceiro amoroso precisa ser alguém a quem a gente admire e confie. Dividir vida é muito mais do que conviver e dividir espaço.  Acima de tudo,  é andar de mãos dadas pelos caminhos que houver.

Enquanto houver respeito, amor e vontade de permanecer juntos há muito o que resgatar, mas quando as ofensas se tornam rotinas, a distância entre o casal é grande, o sexo torna-se escasso e o  desamor e infelicidade se instalam é hora de pensar seriamente na vida, na sua vida. Viver a tristeza por um amor que caiu doente, por um relacionamento que deixou de ser motivo de alegria e felicidade é inevitável, porém viver a angústia termina sendo uma escolha. A tristeza com o tempo passa, já a angústia se mantém se não se modificarem os motivos que a causam. Tenha coragem, enfrente seus medos e escolha ficar em paz. Na vida é melhor ficar triste do que viver na angústia. Pense nisso!

 

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