DROGAS: da curiosidade ao vício

A adolescência é um período marcado por muitas perdas, transformações e descobertas. Os jovens acham que sabem e podem tudo. Então, para ter uma opinião formada sobre um assunto, eles entendem que precisam experienciar para tirar suas próprias conclusões. Para eles, isso é sinal de independência. Assim, apesar de toda campanha contra, muitos jovens resolvem experimentar droga para ver como é.

O desejo de descobrir e viver as coisas está muito presente na adolescência e a maioria dos jovens que experimentam droga, normalmente dos 13 aos 17 anos de idade, o fazem movidos pela curiosidade em descobrir qual é o grande barato das drogas que faz a pessoa “viajar”e sair do mundo real. Eles têm dificuldade de avaliar o perigo porque a droga não faz mal na hora e os efeitos mais graves são de longo prazo: além de provocar lesão e destruição das células nervosas – os neurônios, a droga muda conduta, dificulta a elaboração dos problemas da vida e impede o crescimento humano.

Necessidade de pertencimento

Na adolescência, é natural que os jovens se afastem da família e busquem a companhia de pessoas da sua idade, estabelecendo com elas uma vinculação entre iguais, onde se identificam e criam uma relação de apoio, solidariedade e aceitação. Ao se afastarem da família, buscam ser independentes, mas acabam se tornando dependentes da turma de amigos.

O vínculo afetivo com os amigos é muito importante numa idade em que o jovem está buscando construir uma identidade social, e pertencer a um grupo onde se unifique na maneira de vestir, de falar, de se vincular com a família, de encarar os estudos e nas demais escolhas que fazem na vida. Os adolescentes se unem e se apóiam em novas descobertas, assim, quando alguém na turma propõe que experimentem maconha ou qualquer outra droga, mostram-se receptivos a viver essa nova experiência, mesmo sabendo que isso é proibido pelos pais; eles tem medo de se mostrar diferente, de parecer careta e ser rejeitado pelo grupo.

Conversar sobre a vida

Quando os pais descobrem que seu(sua) filho(a) adolescente está usando drogas costumam entrar em pânico e se culpar (onde nós falhamos?), o que os impedem de lidar objetivamente com a situação. Passado o choque inicial, sem alarme, os pais devem conversar com o(a) filho(a) e procurar saber o que ele busca na droga?  Qual droga ele utilizou, em que quantidade, qual a freqüência e com quem? A partir daí, devem se posicionar radicalmente contra com argumentos e, para isso, é necessário que esteja informado sobre os efeitos e malefícios da droga e se determine a cuidar para que seu filho se mantenha afastado do consumo.

É sempre bom lembrar que mesmo em famílias bem estruturadas pode acontecer dos filhos fumarem maconha, beberem, praticarem atos ilícitos… Nós não somos a única influência na vida deles. Experimentar droga não significa ficar viciado e boa parte das pessoas que experimentam droga não se tornam usuários. Ninguém fica dependente de uma hora para outra, a estrutura  de personalidade de cada um, o ambiente familiar e social que o adolescente vive tem uma importância  imensa, especialmente no caso em que o adolescente  experimente usar droga. A excessiva permissividade na educação ou muita rigidez, excesso de controle e falta de afeto são fatores que facilitam a busca de novas experiências pelos adolescentes. Compreender melhor os filhos, chegar junto e procurar estabelecer com eles um diálogo aberto sobre as delícias e os perigos da vida   além de demonstrar amor e valorizar as escolhas saudáveis que eles fazem são as melhores maneiras de evitar que eles se aproximem da destruição as drogas provocam.

 

 

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