A CIBERTRAIÇÃO

 

Basta um like e algum comentário aparentemente casual para que as pessoas comecem a se falar pelas redes sociais. É fato que a existência da internet mudou o funcionamento da vida afetiva das pessoas e passou a ser, também, um instrumento de controle da vida do parceiro, além de motivo de muita briga e términos de relacionamentos – Você ficou online falando com quem? Quem é tal pessoa que curtiu sua foto?  Eu penso que muita gente vai se reconhecer nestas falas, pois as redes sociais criaram novas interpretações sobre as necessidades de vivência do amor.

Hoje, é quase que impossível de se pensar a vida da gente sem algum tipo de interatividade virtual. As possibilidades de uso da internet são maravilhosas, mas nem tudo são flores! Cada vez mais, a infidelidade se torna um grande temor (talvez o maior) das relações afetivas e, sem dúvida, a existência das redes sociais tem sido um facilitador para que “encontros amorosos ou sexuais” aconteçam e, dessa forma, a virtualização de afetos se faz presente e tem sido uma ameaça na vida dos casais.

O tráfego constante nas redes sociais tem possibilitado o surgimento de muitas ”paixões ocasionais”, fruto de projeções, expectativas e fantasias.  As circunstâncias da vida das pessoas são muito diferenciadas, assim, vários fatores interferem para que ocorra a infidelidade, como a insatisfação com o atual relacionamento, a busca de novas experiências sexuais, o desejo de viver novas histórias, novas oportunidades… Não dá para responder a essa questão sem levar em conta o contexto da relação, a frequência com que os “casos” acontecem, fatores culturais, sociais e o histórico individual e familiar de cada pessoa.

As relações virtuais criam uma ilusão de perfeição, isto porque não enfrentam os mesmos desgastes de uma relação que acontece na vida real. O envolvimento pode chegar a tal ponto de idealização que, mesmo que a pessoa more num outro estado ou país, a paixão pode se constituir quase que num “mundo paralelo” e preencher a vida dos enamorados de encantamento, ternura e amor. Aí o parceiro começa a perceber mudanças na postura do ser amado, vasculha o celular dele e descobre o que está acontecendo e, a partir daí, ele (ou ela – as mulheres estão quase se igualando aos homens nas estatísticas sobre traição) volta a se conectar com a sua realidade objetiva.

O impacto da descoberta e a elaboração dessa vivência colocam o casal diante da necessidade de uma tomada de decisão: vão continuar o relacionamento ou vão optar pela separação? Por certo, a gravidade da situação é pontuada pelo nível de intimidade estabelecido e o tempo da relação paralela. Este momento costuma ser muito difícil para o casal, especialmente por quem foi traído, que vive a infelicidade e a rejeição.

Se no seu contrato amoroso com o seu parceiro não cabe a presença de outras relações, sejam elas duradouras ou ocasionais, a quebra do contrato pode significar o fim da relação. Pense sobre o que você quer para sua vida e, se for o caso, reveja o seu contrato ou as suas posturas. É isso!

 

 

 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *