EM BUSCA DE UMA NOVA AUTORIDADE
Pais aflitos e angustiados com a educação dos filhos podem se acalmar !
A época do “é proibido proibir” já passou. Dizer NÃO, é permitido e necessário. Impor limites e determinar regras também.
Os pais queixam-se de que os filhos não obedecem às regras, não tem horário para almoçar, dormir, se atrasam nos compromissos, não largam o telefone e a internet. Em contrapartida, os filhos queixam-se de que os pais são autoritários, repressores e não os entendem …
A “educação moderna” substituiu o autoritarismo dos pais pela tirania dos filhos – controlam a vida dos adultos, não têm respeito pelos outros e acham que a família inteira tem que viver em função da necessidade deles.
Isso ocorre porque muitos pais “soltaram” muito os filhos quando eram crianças e agora, por causa do medo da AIDS, das drogas e de um futuro incerto, querem prendê-los em casa e protegê-los dos perigos da rua e partem para restrições exageradas, criando problemas na relação.
Temendo repetir um modelo autoritário, alguns pais tornaram-se extremamente permissivos, criando filhos sem limites, sem noção de deveres e obrigações.
Estipular normas para um filho é prepará-lo para conviver com o mundo e suas diferentes realidades. É também uma forma de ajudá-lo a se organizar afetivamente, aprendendo a fazer escolhas e lidar com as circunstâncias da vida. A liberdade deve pressupor responsabilidade.
APRENDENDO A RELATIVIZAR REGRAS
Não devemos permitir que nossos filhos façam tudo o que querem e tenham todos os seus desejos atendidos. É impossível educar sem dizer não. É necessário ter autoridade, sem ser autoritário. Dar limites não significa ser repressor.
O grande desafio dos pais hoje, é aprender a relativizar as regras. É aprender a questionar, pensar e refletir sobre o porque de um sim ou de um não, em vez de simplesmente proibir ou liberar.
Uma educação autoritária faz os filhos não confiarem nos pais: na primeira oportunidade transgridem. Uma educação muito liberal forma indivíduos com baixa tolerância à frustração, que não sabem conviver com um não. Por outro lado, uma educação libertadora forma pessoas responsáveis e conscientes.
PAPEL DOS PAIS
Muitos pais têm medo de contrariar os filhos e perder seu amor. Lêdo engano! Amor não se conquista com permissividade e presentes.
Os filhos precisam de uma base sólida de sustentação. Pai e mãe têm que ser pai e mãe e não confundidos com amigo. Amigo é uma relação de igual, tem as mesmas experiências e o mesmo tamanho. Para “crescer” os filhos precisam ter um referencial de autoridade.
Mas, apesar de muitas vezes, convencidos da necessidade de estabelecer regras, muitos pais ainda sentem-se culpados, inseguros e têm saudades do tempo em que os filhos “obedeciam apenas com um olhar”. Estabelecer regras que contentem e tranqüilizem ambas as partes torna-se necessário.
QUAL O CAMINHO A SEGUIR ?
O caminho é o diálogo. Nosso grande desafio é o de participar como pais e modelos de autoridade, estabelecendo limites, através do diálogo e do exemplo e agindo em um cenário onde o respeito às diferenças, a solidariedade e o afeto pontuem nossas vidas.
É isso que nossos filhos esperam de nós !